É verdade que com isso uma nova e fatal superstição, uma singular estreiteza de interpretação, no sentido mais determinado, como origem as partir de uma intenção; concordou-se em acreditar que o valor de uma ação reside no valor de sua intenção.
(…) agora, quando pelo menos entre nós, imoralistas, corre a suspeita de que o valor decisivo de uma ação está justamente naquilo que nela é não-intencional, e que toda a sua intencionalidade, tudo o que dela pode ser visto, da sua intencionalidade, tudo o que dela pode ser visto, sabido, “tornado consciente”, pertence à superfície, à sua pele – que, como toda pele, revela algo, mas sobretudo esconde?
– Nietzsche em Além do bem e do mal.