Fim – Mário de Sá-Carneiro
Quando eu morrer, batam em latas, rompam aos saltos e aos pinotes, façam estalar no ar chicotes, chamem palhaços e acrobatas! Que o meu caixão vá sobre um burro ajaezado […]
Quando eu morrer, batam em latas, rompam aos saltos e aos pinotes, façam estalar no ar chicotes, chamem palhaços e acrobatas! Que o meu caixão vá sobre um burro ajaezado […]
Eu não sei ter afetos. Os meus amores foram sempre ternuras… Nunca poderia amar uma mulher pela alma – isto é: por ela própria. Só a adoraria pelos enternecimentos que […]
E a minha vida, livre de estranhezas, é no entanto uma vida bizarra – mas de uma bizarria às avessas. Com efeito a sua singularidade encerra-se, não em conter elementos […]
Só posso viver nos grandes meios. Quero tanto ao progresso, à civilização, ao movimento citadino, à atividade febril contemporânea!, Porque, no fundo, eu amo muito a vida. Sou todo de […]
Tenho às vezes tanta inveja das minhas pernas… Porque uma perna não sofre. Não tem alma, meu amigo, não tem alma! – Mário de Sá-Carneiro em A confissão de Lúcio.
_ É que, não sei se reparou, em todos os music-halls tornaram-se agora moda estes bailados por ranchos de raparigas inglesas. Ora essas criaturinhas são todas iguais, sempre – vestidas […]
As dores morais transformam-se-me em verdadeiras dores físicas, em dores horríveis, que eu sinto materialmente não no meu corpo, mas no meu espírito. – Mário de Sá-Carneiro em A confissão […]
(…) não sou eu nunca que possuo as minhas amantes; elas é que me possuem… – Mário de Sá-Carneiro em A confissão de Lúcio.
É que, em realidade, as horas não podem mais ter ação sobre aqueles que viveram um instante que focou toda a sua vida. Atingido o sofrimento máximo, nada já nos […]