A alucinação é uma representação psíquica que irrompe do lado de fora e se impõe como uma percepção. É uma ruptura na leitura do real. Isso coincide com a formulação de Lacan, que se tornou clássica, de que “a alucinação é o aparecimento, no real, daquilo que não pode advir no simbólico”. Em outras palavras, é um elemento fundamental da constituição do sujeito surgindo do lado de fora, por não ter podido inscrever-se na ordem simbólica desse sujeito.
– Juan-David Nasio em Os grandes casos de psicose.