Pergunto-me se se a Vale não tivesse sido privatizada o mesmo estaria acontecendo? Será que os recursos gastos com pesquisas e estudos para o cuidado com o meio ambiente e prevenção de acidentes teriam sido gastos na mesma proporção?
Meu questionamento surge da lembrança de uma conversa que tive com um amigo que trabalhava como analista o meio ambiente em uma empresa de grande porte, conhecida e premiada diversas vezes por suas “ações sociais e responsabilidade ambiental” e que continha em seu portfólio diversas “certificações”. Em sua confidência disse: “Para economizar recursos com tratamento do lixo industrial, jogamos parte deste lixo no rio”. Enquanto o rio fedia, a empresa lucrava. Só naquele ano teve um lucro líquido de meio bilhão de reais!
Para que tanta riqueza? Quantos bilhões este empresário precisa ter para que sua ganância seja saciada. Quanto ele precisará ter para enfim parar de destruir os recursos naturais de milhares de pessoas?
E nossos jornais estão apenas preocupados com o eterno crescimento econômico. Como se os recursos naturais não fossem limitados! Como se a competição internacional para obtê-lo não prejudicasse o meio ambiente e não gerasse exploração das pessoas. China teve um crescimento fantástico, já os habitantes de Pequim tiveram o céu coberto por uma eterna névoa cinza de poluição. Por que os EUA não assinaram o protocolo de Kyoto? Para não atrapalhar o crescimento das empresas!
Se há tecnologia suficiente para proporcionar um desenvolvimento sustentável e você empresário, CEO não a utiliza em nome do seu ilimitado desejo por dinheiro, não passas para mim de um parasita.
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