O mundo que compartilhamos com a criança é também seu próprio mundo imaginativo, de modo que a está capacidade a senti-lo intensamente. A razão disso reside no fato de não insistirmos, quando estamos tratando com uma criança dessa idade, numa percepção exata do mundo externo. Os pés de uma criança não precisam estar sempre firmemente plantados na terra. Se a garotinha nos disser que quer voar, não nos limitemos a responder: “As crianças não voam”. Pelo contrário. devemos agarrá-la e fazê-la girar em torno da nossa cabeça, colocando-a depois no alto do armário, de modo que ela sinta realmente que está voando como um pássaro para o seu ninho.
– D. Winnicott em A criança e o seu mundo.