Exatamente como num grupo de terapia, pensou Julius, ninguém quer sentar perto do orientador. Até no seu grupo, naquela tarde, os lugares dos dois lados ficaram vazios para os que chegassem atrasados, e ele brincou dizendo que ficar ao lado dele parecia ser um castigo pelo atraso. Julius pensou na terapia de grupo e seu folclore a respeito de lugar na sala: as pessoas mais dependentes sentam à direita do orientador enquanto os mais paranoicos ficam bem na frente dele. Mas, pela sua experiência, a relutância de sentar ao lado do orientador era a única regra confirmada sempre.
– Irvin D. Yalom em A cura de Schopenhauer.