O fato de uma pessoa ter uma vida sexual ativa não que dizer que elas estão se constituindo como sujeitos sexuais

O fato de uma pessoa ter uma vida sexual ativa não que dizer que elas estão se constituindo como sujeitos sexuais. Todos sabemos que o processo da maturação sexual é longo e trabalhoso, e algumas pessoas que nunca conseguem, diga-se de passagem. Muitas pessoas estão beijando e beijando, transando e transando e qualquer coisa assim, tem uma sexualidade simbolicamente pobre, inclusive pode nem ser sexual, aí no sentido de uma experiência de uma sexualidade que implique o sujeito integralmente, que o constitua na experiência. Muitas as pessoas não estão vivendo uma vida sexual. Podemos encontrar no consultório um homem de 32 anos que disse “agora sim eu sei o que é a ordem sexual, agora eu sei o que é gozar, e o que é amar”, um homem que tinha transado várias vezes, mas nunca vivido isso. Há uma diferença entre o ato e a ação e isso se tornar sujeito, entre isso se tornar experiência objetiva.

Tales Ab’Saber em A política sexual do feminino.