Por que Philip faria um tratamento por três anos, se não recebesse nada em troca? Por que continuaria a gastar todo aquele dinheiro por nada? E Deus sabe que Philip detestava gastar dinheiro. Talvez as sessões tivessem mudado Philip. Talvez ele fosse uma pessoa que amadurece tarde, um daqueles pacientes que precisam de tempo para digerir o alimento dado pelo analista, daqueles que guardam a boa comida do terapeuta e levam para casa, como um cachorro que guarda o osso para roer depois, sozinho.
Julius teve pacientes tão competitivos que escondiam as melhoras só para não darem ao terapeuta a satisfação (e o poder) de tê-los ajudado.
– Irvin D. Yalom em A cura de Schopenhauer.