Para Ivan Klima, poucas coisas se parecem tanto com a morte quanto o amor realizado. Cada chegada de um dos dois é sempre única, mas também definitiva: não suporta repetição, não permite recurso nem promete prorrogação. Deve sustentar-se “por si mesmo” – e consegue. Cada um deles nasce, ou renasce, no próprio momento em que surge, sempre a partir do nada, da escuridão do não-ser sem passado nem futuro; começa sempre do começo, desnudando o caráter supérfluo das tramas passadas e a utilidade dos enredos futuros.
– Zygmunt Bauman em Amor líquido.