Decididamente não me interessam as vãs soluções, nem as posições corretas – essas respostas que a gente busca na opinião informada, antes de conferir o próprio desejo; nem os dados que o banco ou a polícia já guardam por ofício, nem como envelhecemos igual – por força não da idade, mas do hábito.
De todas as perguntas, só quero reter a centelha.
Desejo saber a que horas do dia encontro no céu este azul de agora.
Desejo saber a que horas da vida há este sorriso nos olhos dos filhos.
Desejo saber quanto dura a paixão pela vida.
– Ana Cecília Souza Bastos é psicóloga, professora universitária e escritora.